Nathanna é a empreendedora que fundou a Moça, um negócio voltado a produção de cerveja artesanal que tem como um de seus conceitos básicos o empoderamento feminino!

 

#Nathanna Empreendedora

Nathanna Azevedo Lage de 26 anos é uma empreendedora de Pato Branco, no interior do Paraná e que começou a se interessar por cerveja artesanal como consumidora. A cada semana, ela e seu marido passaram a escolher juntos um tipo diferente de cerveja artesanal para experimentar e dessa forma, surgiu a curiosidade sobre o assunto. Em 2011, começou sua graduação em Química na Universidade Tecnológica do Paraná e durante o curso, estudando o processo de fermentação, acabou se apaixonando pela técnica. No último ano, decidiu fazer seu Trabalho de Conclusão de Curso sobre a temática voltado à produção de cerveja artesanal, justamente em um momento em que o protagonismo feminino estava muito presente em sua vida, ou seja, em que a própria Nathanna se via como mulher e estava sendo o destaque de sua própria vida, pois tinha se tornado mãe recentemente e começava a exercer seu lado empreendedora.

Em 2017, Nathanna participou junto com seu marido Bruno Vital do Concurso Geração Empreendedora – Desafio Paraná e ganhou na modalidade online na categoria Ideia de Negócio com um projeto de cerveja artesanal, que na época do concurso ainda tinha apenas um nome provisório. Com o incentivo e participação no Geração Empreendedora, conseguiram fortalecer ainda mais seu negócio.

#A cerveja Moça

Hoje, Nathanna realiza a produção de cerveja artesanal Moça! O negócio tem seu foco em três conceitos básicos, sendo o primeiro é a qualidade do serviço oferecido, que envolve tanto a própria cerveja quanto o atendimento, venda, entre outros. O segundo se preocupa em não fazer apenas a venda de uma cerveja, mas sim de oferecer uma experiência prazerosa para que o cliente possa ter acesso a uma cerveja com as características artesanais e sabor diferenciado.

Já o terceiro conceito está bem relacionado a própria vida da empreendedora e trata-se do empoderamento feminino. Nathanna explica que o ambiente cervejeiro é muito masculinizado tanto no processo de produção quanto no consumo da cerveja, mesmo que seja notável que as mulheres também gostam, consomem e entendem desse tipo de produto.

“A esmagadora maioria dos mestres cervejeiros ainda são homens e é por isso que são referência no mercado. Quero mostrar que uma mulher a frente do processo produtivo da cerveja é o exemplo que as mulheres podem e devem empreender nesse ambiente ou em qualquer outro” fala Nathanna.

Ela ressalta que a Moça é uma cerveja feita por mulher, mas para todos os públicos, lembrando que para ser consumidor só é necessário ter no mínimo 18 anos, mas não existe especificação de gênero. Como empreendedora, ela quer quebrar o estereótipo da mulher objeto na propaganda e do homem de barba e ‘macho’ consumidor de cerveja. “A Moça é produzida para mulheres e homens normais como nós” conta ela.

Para seu futuro com empreendedora e também de seu negócio, Nathanna pretende se especializar como mestre cervejeira e tem o sonho de abrir uma microcervejaria para fazer a própria fabricação da Moça no local, além de produzir outras cervejas que ela e seu sócio já estão planejando ter em sua linha. “Eu tenho a ambição de ser referência no mercado cervejeiro futuramente” destaca a empreendedora.

#Empreendedoras no poder

Nathanna admite que acha difícil ser mulher empreendedora no mercado da cerveja artesanal, uma vez que geralmente as referências deste setor são homens. Para ela, buscar a presença de mais mulheres nesse ramo é o que a faz querer provar cada vez mais que entende do assunto e é qualificada para trabalhar com cervejas artesanais para ser levada a sério pelo público masculino.

A empreendedora reconhece a existência de um grupo de cervejeiros que acham legal e apoiam a participação de mulheres em eventos e brassagens coletivas, mas entende que ainda é uma minoria que pensa dessa forma.

A cena mais comum é ver a presença feminina no meio cervejeiro somente através de maridos, namorados ou familiares que são cervejeiros artesanais. Ao mesmo tempo, Nathanna sente que ser mulher e empreender lhe dá uma sensação de poder fazer tudo, ser independente e auto-suficiente. “Girl power!” comenta ela.

 

#Dica da Nathanna: Crie uma rede de contatos!

Para a empreendedora, é difícil dar uma dica para mulheres que estão começando a empreender ou já estão empreendendo, mas acredita que o principal é não desistir quando aparecem obstáculos em seu caminho e criar uma rede de contatos forte e que possa contribuir com seu negócio através da troca de ideias, experiências, dicas e parcerias."O networking é fundamental!” complementa Nathanna.