Margareth Fernandes é estilista, artista e fundadora do Umdicada Ateliê, um negócio de peças exclusivas, artesanais e feitas sob medida que tem o objetivo de falar sobre a singularidade de cada pessoa.

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#História da Margareth

Margareth Fernandes tem 23 anos e é estilista, artista e costureira. Sendo inspirada desde pequena por sua mãe, que também é artesã, cresceu em meio a panos e máquinas de costura. Aos 15 anos, ela começou a se interessar mais por esse mundo dos tecidos e costuras, mas ainda não era nada concreto em sua vida.  

​Anos mais velha, enquanto cursava graduação em Design de Moda na Faculdade Paulista de Artes, começou a fazer algumas reflexões. “No primeiro ano de Moda comecei a ficar um pouco - vamos colocar assim - agoniada com o mercado de moda.” fala Margareth.

Ela começou a se sentir incomodada observando algumas questões relacionadas à produção, por ser um mercado que gera muito lixo e não é consciente ambientalmente, além de ser um setor muito massivo, em que muitas peças são produzidas, e as pessoas usam qualquer roupa  sem  se preocupar se está representando o que acredita ou sente no momento.

Margareth se preocupa também em trazer um pouco de arte para as pessoas e proporcionar a oportunidade para que elas não consumam mais do mesmo. “Isso foi uma coisa que me tocou e eu quis criar uma marca que fosse contra todas essas coisas, meio contra cultural, vamos colocar assim” completa.

 

#Trajetória Empreendedora

Ainda cursando a graduação em 2015, Margareth teve a ideia de criar seu primeiro ateliê, o Umdicada com o propósito de destacar a singularidade de cada um. ​Ela explica que o ateliê “se chama ‘Umdicada’ porque só é feita a produção de uma peça de cada, com o objetivo de ressaltar a singularidade de cada pessoa quando ela usar uma peça única”.

Por gostar muito de estar presente em cada passo da produção  da  roupa e acreditar que isso traz um significado maior para a peça, o seu negócio traz esse conceito de ter peças exclusivas, artesanais e feitas sob medida.

Hoje, o ateliê tem 3 pessoas trabalhando, criando e tendo ideias juntos para fazer essas peças exclusivas para seus clientes, atendendo tanto sob medida, em que a peça é confeccionada já para um cliente, quanto  com  criações de coleções vendidas  no  ateliê. Antes de qualquer produção , existe uma preocupação de falar com o cliente para entender seus gostos e preferências, assim saber com mais facilidade como a peça deve ser feita.

Margareth ainda ressalta que existem alguns recortes que caracterizam a marca, além do uso de retalhos para a produção das peças.  Eles seriam  jogados fora e produzindo ainda mais lixo, enquanto podem ser reaproveitados e contribuir com negócios, como o Umdicada.

 

#Futuro do negócio

Como empreendedora, Margareth tem vários planos para seu ateliê e acredita que tem muito para crescer ainda. “Imagino a Umdicada maior não só pela visibilidade, mas também pelo conceito de não consumir por consumir e sim, porque você entende o que está consumindo e não precisará consumir toda hora”, ou seja, a ideia do ateliê está muito relacionada a questão de identificação das pessoas com  o produto e com o que acreditam,  propagando  o consumo consciente, evitando que as pessoas comprem apenas pelo status da peça que estão adquirindo.  

De acordo com ela, essa preocupação da Umdicada também está ligada à questões do mercado. Em grandes produções, uma peça pode deixar um rastro em relação à questões ambientais e trabalho escravo ao longo do caminho que percorre até chegar ao guarda roupa dos consumidores.

Margareth espera que no futuro, as pessoas entendam mais e compreendam o conceito de singularidade da Umdicada, que cada pessoa possa escolher vestir o que o identifica como indivíduo e ainda, que seja mais consciente sobre o consumo.

 

#Mulher Empreendedora

“Bom, me vejo uma mulher muito trabalhadora, porque quando você empreende, o pessoal acha que você trabalha menos, que você faz o seu horário, mas na verdade você trabalha mais do que todo mundo.” conta Margareth. Para empreender, ela pensa que é preciso ter sensibilidade como só a mulher tem, por exemplo, para compreender que as atividades você ainda precisa aprender e entender para o que você está realmente apto . “Tem que ter essa garra que a mulher tem!” complementa.

 

#Dica da Margareth: Pra quem tá pensando em começar a empreender é saber que é necessário tentar antes e pra quem já empreende é não desistir!

Margareth divide sua dica para dois tipos de empreendedores. Pra quem tá pensando em começar a empreender, Margareth acredita que é necessário tentar antes e avisa que não é fácil, mas é muito bom fazer o que você ama e tem talento para fazer. “ Para ela, você precisa saber que se errar é normal, no início a gente sempre erra e depois vai melhorando!

“É muito bom planejar, mas a gente tem que dar o primeiro passo! Tem que sair do planejamento e pular de paraquedas, é necessário estudar, guardar dinheiro, mas também dar esse passo. Uma vez eu ouvi que quando o negócio tá perfeito pra começar, já passou o tempo de começar!” fala a empreendedora.

E em seguida, para quem já empreende, a dica é não desistir! Geralmente, “o produtor independente e o empreendedor são pequenos ainda, mas a gente tem uma grande força e se juntando, vai indo, vai indo, vai indo e a gente vai chegar onde cada um quer” ou seja, é preciso que os microempreendedores e produtores locais se apoiem e suportem uns aos outros para que todos possam crescer juntos. Não desista e  saiba que tem outras pessoas na mesma empreitada!

 

Gostou de conhecer a Margareth? Conta pra gente o que achou dessa história!

No mês de Março, traremos histórias de mulheres empreendedoras para inspirar você e seu negócio. Caso queira mais histórias no Tamo Junto, nos avise aqui nos comentários!