Os termos de empreendedorismo negro e afroempreendedorismo, referentes a empreendimentos lidados por e/ou para a população negra, vêm ganhando força. Enquanto a sociedade debate e defende os direitos de afrodescendentes no mercado do trabalho e na educação, também podemos levar essa conversa para o mundo dos negócios: mesmo sendo “dono de si próprio”, o racismo afeta os empreendedores?

A partir dos dados disponibilizados pelo SEBRAE e PNAD até 2016, construímos um pequeno vídeo para dar um primeiro panorama da situação. O assunto tira sua relevância ao observar as desigualdades sociais e econômicas encontradas no país quando analisamos com o recorte de raça e cor: a população negra acessa menos o mercado de trabalho formal, tem  maiores taxas de desemprego e ganha em média rendas bem menores que a população branca.

Por causa dessa situação, boa parte dos afrodescendentes começam a empreender por necessidade no objetivo de gerar uma renda própria e contornar as barreiras do mercado de trabalho. Em 2016, 55% da população brasileira se identificava como negra (soma de pardos e pretos). Ou seja, temos muito para ganhar ao reequilibrar essas forças!

O vídeo que construímos é curto e mostra que o número de empreendedores negros cresce cada vez mais, porém observa-se que os negócios deles sofrem de estruturas mais frágeis que dos brancos. Gostaríamos então de usar este momento e espaço para iniciar uma conversa mais profunda e completa sobre o assunto.

Por isso, não deixa de assistir e compartilhe a sua experiência com a gente: como a cor da sua pele afetou o seu negócio hoje? Quais oportunidades você conseguiu ou deixou de ter por causa disso? Ela tem influenciado o seu dia-a-dia como empreendedor(a)? Tem participado de iniciativas, redes, eventos que olham para essa característica? Sabemos que esse assunto pode ser sensível, e convidamos a todo(a)s para respeitar a experiência de cada um. Lembrando que essas perguntas valem para todas as cores e raças! 😉