Empreendedoras – As mulheres que transformam realidades
Atualizado em 17/06/2020

Cada vez mais mulheres tem se dado conta que o empreendedorismo é uma ótima ferramenta para transformar suas vidas, de suas famílias e comunidades. Hoje 49% dos negócios no Brasil são liderados por mulheres, e este número não é por acaso. A cada ano aumenta o número de mulheres chefes de família, e por consequência, o número de empreendedoras.
O que mais chama a atenção nesse fenômeno do empreendedorismo feminino não é o simples fato de ter mulheres no comando, mas sim os princípios e valores que essas empreendedoras imprimem nos seus negócios. Ao serem mães e chefes de família, essas mulheres orientam seus negócios para levar impactos positivos para suas famílias e posteriormente para as comunidades onde estão inseridas.
O impacto que essas pequenas gigantes provocam através dos seus empreendimentos é incalculável. De transformar a vida de centenas de crianças nos assentamentos sem-terra a se tornar uma personal organizerde referência, as histórias provam que o empreendedorismo pode vir de qualquer origem e a determinação para conquistar sonhos é a mesma.
Dona Ileide foi morar em um assentamento do MST em 1997. Ela viu as condições em que as famílias viviam e resolveu agir. Começando pela necessidade mais básica, que era a alimentação, Ileide recolhia comida de barraco em barraco e nas feiras da cidade para poder alimentar todo o “batalhão”, começando pelas crianças. Foi no barraco de lona onde funcionava a “cozinha” criada por ela, que foi montada ainda uma pequena creche para educar as crianças. Mais tarde ela fundou a Associação de Mulheres Agroecológicas, com o intuito de produzir alimentos 100% orgânicos na região. Hoje, Dona Ileide se orgulha em dizer que tem um negócio próspero e que conta com uma cadeia de fornecedores locais que ela ajudou a desenvolver, sem falar nas duas creches oficiais da prefeitura que levam o nome dela.
Sheila Procópio de 42 anos, foi diagnosticada como desorganizada crônica, “Mais do que a minha desorganização com roupas, armários, ambiente de trabalho, me incomodava a minha desorganização de tempo, de prioridades, comecei 6 faculdades e não terminei, nunca terminava nada o que começava”. A convite da irmã, Sheila fez curso de organização que transformou a rotina da Sheila, ela se deu conta que não só era possível superar seu problema, como ela também poderia ajudar outras pessoas que passavam pelas mesmas dificuldades que ela. Foi quando começou a prestar serviços como personal organizer. Mas foi há dois anos, quando seu marido perdeu o emprego, que ela se deu conta de que esse seria o negócio da vida dela. ”Hoje eu me considero uma empresária, sei quanto entra e quanto sai, administro um negócio sério e não tenho medo de precificar, o que antes para mim era um grande bicho papão”.
Texto de Lina Useche.
Conteúdo já postado no Blog Caixa Crescer.
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